Canto do Taiguara

O CANTO Do Pássaro Mais Livre Do Planeta!

25.6.05

É ESTE O AMOR

O amor que move o sol
E montanhas de vidas à sua procura
O amor que lança chamas
E acende chuvas de esperança
O amor que desinquieta e acalma
Que salva da morte
E condena à prisão perpétua
Que apressa os passos da chegada
E torna-os lento na partida
O amor com instantes de quietude e mansidão
Que ao tempo ilude e fabrica lassidão
O amor com instantes de escândalos mudos
Amor pai
Amor amante
Amor irmão
Amor poesia
Amor sexo
Amor espírito
Amor que alimenta deixando mais faminto

É este o amor que nos envolve!

Tira-nos a calma e nos devolve a essência
Sensação de partida e chegada contínuas
Explicação inócua do que se sucede
Fita métrica impotente ao que mede
Enredo sem escritor
Quadro sem pintor
Escandaloso fato sem apresentador
Lenço azul que solidão acena
Cena obscena que se encena

Nosso amor: risonha pena!

O mínimo dito e o máximo sentido
Sobre o amor que nos envolve

É este o amor que nos envolve
E tira a calma e nos devolve

Algo novo ou remodelado
Possui o fundo musical lírico
Da forte brandura do Taiguara
A ânsia de amar de Vinícius de Morais
Um sol que arde e refresca
Mescla de todas as cores
Denso e demora a filtrar gotas de tristeza
À mercê da maldade do tempo

Amor de frágil ousadia
De concreto sonhar
Amor que nos transcende
Exalando fluídos inéditos pelas cercanias
Incomodando a quem não o tem

É este o amor que nos envolve

As belezas vividas
Clamam mais belezas a se viver
Desenham horrores a suportar
Clamam gritos e silêncios
Há profunda sapiência minando idéias más
Há o relógio impiedoso
Gotejando minuto a minuto
Nossa festa de amar

O amor que move o sol
E montanhas de vidas à sua procura
O amor que descortina nossos sentimentos
Escancara nossos peitos assustados
Com o nosso próprio espetáculo
Afasta-nos e nos devolve

É este o amor que nos envolve

PRESERVAÇÃO - Yonne Santiago

PRESERVAÇÃO
Yonne Santiago - 5/5/79

(ao grande Taiguara)

Teu desejo passou,

o Meu continuou


Teu sonho acabou,

o Meu começou


Meu desejo

Sonha:


- Quer te reconstruir.

ESTRELA VERMELHA



ESTRELA VERMELHA
Taiguara

Chão do meu lar. Litoral que te vejo azular...
Cruz-de-luz que te sinto pesar...
Brilho...Queimar que dóis...
Cor do sangue que nós
Não conseguimos derramar...
Praia...e montanha por trás...
Cai a noite no cais...
Se escure meu peito... infeliz...
Água que jorra de mim...
E aumenta o mar entre nós:
Um homem só e o seu Pais.
Estrela vermelha que brinca no ar...
E em teu fogo me espelhas as veias do olhar...
Vou voltar
Pr'o azul negro
da noite ante o crespo das águas
pescando as estrelas
piscando mais que elas...
Vem, meu Brasil,
Meu avô musical...
Tua violência de sal sobre a areia...
Tuas violas sereias
Que em meus pés vem tocar...
Tuas mares pr'a me libertar.

LP = IMYRA, TAYRA, IPY

Certa feita..., falei pro TAIGUARA:
"Eu tenho o seu IMYRA, TAYRA, IPY"
Ele arregalou os olhos e disse:
--- Tem mesmo? então guarda bem, porque nem eu tenho!

(Há de se lembrar que este disco foi censurado e recolhido 72 horas após lançado e distribuido nas lojas)

Eu guardei, passei para CD...e quem quiser ouvir o original... tem que comprar pela
Net lá no Japão... que é só lá eu sei que tem...
É um dos trabalhos mais elogiados e reconhecidos pelos sensíveis conhecedores do que é bom!

20.6.05

Teu sonho não acabou

Teu sonho não acabou
Composição: Taiguara

Hoje a minha pele já não tem cor
Vivo a minha vida seja onde for
Hoje entrei na dança e não vou sair
Vem que eu sou criança não sei fingir

Eu preciso, eu preciso de você
Ah! Eu preciso, eu preciso, eu preciso muito de você

Lá onde eu estive o sonho acabou
Cá onde eu te encontro só começou
Lá colhi uma estrela pra te trazer
Bebe o brilho dela até entender

Que eu preciso...

Só feche o seu livro quem já aprendeu
Só peça outro amor quem já deu o seu
Quem não soube a sombra, não sabe a luz
Vem não perde o amor de quem te conduz

Eu preciso...

Nós precisamos, precisamos sim
Você de mim, eu de você.


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19.6.05

REDOMA

Permaneço no mundo
- um ser comum –
Cativo em uma redoma embaçada

Coleciono energias
Para ocasiões de belas emoções

Recupero resistência
Para as surpresas dos horrores

Há tanto a ser cantado
Por mim que tanto já cantei

Há necessidade interior de luz
Diamante dos amantes
Estilhaçados, alçados ao céu ao léu.

Imóveis, suspensos no ar
Aconchegando meteoritos
Refletindo amplidões
Nas partículas raras

Cantar encontro; não abandono.
Cantar junção; desunir separação.
Prenunciar tempestade distante,
Pitonisar oxigênio relutante,
Despertar com sorriso,
Espetar sorrisos em faces duras
Pronunciar sons estimulantes,
Igual a poesia do TAIGUARA
Em elevadas melodias,
Igual o alerta do sol
O amor dos jovens
A fé dos anciões


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RECORDAÇÕES TAIGUARIANAS

1.973
Estava sendo lançado o disco FOTOGRAFIAS.
Na platéia do teatro só jovens casais. Presumivelmente enamorados.
Noite de estrelas, luar, juventude e paixão.
De repente...
Ele.
Cabelão. Dedos ágeis de magia. Voz querida. Admirada.
O palco móvel surge do espaço acima.
Iluminação esmaecida. Lilás.Depois os holofotes individuais.
O piano, ele e o conjunto A Transa.
Gostei de tudo.
A canção Romina e Juliano tocou-me fundo.
O espetáculo passou muito depressa. Voou em performance de gala.
Amei as novas canções. Comprei o disco no seguinte dia útil. Ouvi até gastar. Possuo esta jóia até hoje e já o transformei em CD.

O que me carrega para estas lembranças?
---Fotografia do Taiguara ao piano.

...Finda a apresentação... - ao descer as escadas que me levariam de volta ás ruas de São Paulo - escutei o piano. O reconhecido som.
Voltei.
Encontrei-o só.
Tocando.
Cantando.
Fiquei ao lado dele. Imóvel. Extasiado.

--- O show continua? Numa pausa perguntei.

--- Paguei mais horas. Estou aproveitando para ensaiar. Respondeu e me sorriu em devaneio.

Muito maior foi o meu devaneio. Taiguara cantando e tocando só para mim.

Fiquei lá um bom tempo.

Na verdade, estou até agora.

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DIA DOS NAMORADOS

DIA DOS NAMORADOS

Despertei, espreguicei
Fiz ginástica: um dois, um dois...
Atrevi o nariz na janela aberta
Aspirei profundamente, lentamente
Senti sua juventude, seu perfume:
Doze de junho:
DIA DOS NAMORADOS ENAMORADOS
Aprumei-me e fui à Faculdade
Nem parecia este dia...
Quem era e quem não era namorado
Permanecia com o olhar parado

Dirigi-me ao quadro negro e escrevi:
“DIA DOS NAMORADOS: AME!”

Ninguém vibrou ninguém sorriu!
As aulas correram normais,
Mas serem e correrem normais neste dia?!
Retifico: correram anormais

Lembro-me do presente
- as lojas gritam novidades –
Que em todos os anos são novidades

O que gostaria de dar a você?
Uma bolsa de couro, azul?
Gaiola com colibri?
Aquele olhar rosado
De uma lebre que nada lembre?
Ingresso para viver a poesia musicada do Taiguara?

Enquanto indago-me,
Subo e desço a avenida principal, lerdo, mudo
Sei que ganharei caneta, CD, livro, ou, ou, ou...

Mas e a você, o que gostaria de dar?
Um fino soutiã azul
- bordado: paz amor, paz amor –
Ah! É muito íntimo!
Sandália de terceiro andar?
Uma cabra amamentando?
Saia branca curta?
Um pônei?
Borboleta ensinada?
Nuvem branca com rajas rosa?
Riacho que desaguasse manso em seu quarto?
Sedativo para as contrariedades?
Um caminhar fofo?
Despertar suave?
Hálito adocicado infantil?
Lágrima de chegante amor?
Arrepio?
Sensação de céu?
Beija-flor mágico?
Leito de plumas?
Coração que ame a raça negra?
Vulcão de champanhe?
Abraço para dormir?
Ternura ao acordar?

Já possuo seu presente meu:

Poesia digna de intenção amorosa
E essa flor única que é presente do Deus-Poeta aos que amam:
Orquídea – Miragem – Emoção - Flutuar

17.6.05

AUSÊNCIA DA POESIA

AUSÊNCIA DA POESIA
Jocimar

O fato concreto e sentido,
Único e bem pensado é um só:
A poesia retirou-se de mim!

E que rei-poeta sou
Sem a coroa da poesia?

Para chegar ela demorou,
Chegou impressentida
Mas nunca inesperada.

Para retirar-se ela nem pensou,
Ou pesou, o pesar que deixaria,
Retirou-se e pronto. Pranto.

E agora? Pergunto-me:
O que será de mim?
Que farei para amansar meus leões?

Meus carneiros quando voltarão
A passear em meu peito arfante?

Meu amor, dúvidas e reflexos...
Que serão deles? Coitados!

Quem amará a música-poesia
Do eterno Taiguara?

Quem abrirá minhas gavetas
Intrínsecas de inventos?

Meu passado verde
Quem o desembalsamará?

Quem?!

E quando eu caminhar pelas ruas
Tonto, triste e só,
Sem a poesia...,
Quem me levará de volta,
Esperançoso, para minha casa?

Quem?!

Quem conseguirá, novamente,
Que eu grite, desesperadamente,
Um socorro sorridente?

REINICIANDO O TAIGUARIAR

Aqui recomeçamos nosso TAIGUARIAR.
O FLAMAS - Canto do Taiguara, terá prosseguimento por aqui.
É."O que existe é a luta" já dizia ele.
Taiguarianos atuais e futuros: sejam bem vindos!
Jocimar

15.6.05

Lindo!

Passaro mais livre do Planeta!!! Posted by Hello

Novo canto

aqui está seu novo canto
pra escrever sobre Taiguara!