PENSANDO EM TAIGUARA

Vinícius,28, meu filho, vem lendo bastante sobre e ouvindo muito a obra de Taiguara. Conta-me ele, que escreveu este texto pensando no Artista. Gostei. Leva-nos à reflexão. Transcrevo:

Até quando agüentaremos a estrutura que nos segura?
No governo sem normas ou lei, onde estará ainda nosso rei?
Prece pedindo justiça, Deus está domingo na missa?
Chuva que nos trás alívio da guerra, onde está a paz da Terra?
Parque sem jardim, onde estás sonho infantil que brinca em mim?
Alma sem corpo que vaga, onde está obsessor que me estragava?
Sol que apareceu só por amor, qual seria sua função sem amor?
No valor monetário na busca de instância, qual é nossa maior ganância?
No grito ou canto de paixão em nós, qual seria o valor sem nossa voz?
No povo sofrido sem nação, o que seria do compositor sem sua canção?
No karma que o homem constrói, perde-se fé, até quando a vida dói?
Prisão ou liberdade, até quando faltará a pessoa que sinto saudade?
Morte dos irmãos, haverá perdões, canhões e pela paz juntaremos nossas mãos?
Verdade amordaçada, miséria calçada, até quando a poesia caçada será bem aguçada?
No timbre, nos acordes, melodia do tambor, o que seríamos sem teu amor?
Nas vozes, sociedade junta, qual seria a solução de qualquer pergunta?

Abraço todos

Obs>:Descobri no Diário Oficial de Porto Alegre - ano 8 - 2235 - terça-feira 9 de Abril de 2.004 que TAIGUARA CHALAR DA SILVA é nome de rua na capital do RGS. Cidade que ele amava e cita na canção UVARDENTE. Mais uma merecida homenagem.