HECATOMBE
( Taiguara, em 11/10/1963)
(Poema inédito em tempos de estudante.
Não me recordo quem nos passou, mas
gostarei de colocar aqui o descobridor
desta relíquia de valor incalculável)
E viva eu para um sonho sem verdade...
E viva eu a verdade da ilusão...
E viva eu só, sem voz, descalço e nú...
E percam-se na noite os meus anseios
E sejam minhas luzes, meus receios
E deixe-se esvair em mim, meu ego
E a noite me estrangule em negro...E cego deixe-se-me cair
ruir
delir
todo o ardor antigo arfando inquieto
na fortaleza-(areia) de um afeto...
todo o mistério de um amor discreto...
toda a montanha de um amor sem teto...
deixe-se-me lembrar
e chorar
e brincar
no meu jardim de infância...Nuvem fria
de lembranças cruéis...Nuvem sombria
do pranto inútil na manhã tardia...
num canto fútil que não foi poesia!...
2 Comments:
At sáb. ago. 06, 06:32:00 PM, Anônimo said…
Amei !
Poetas são assim:simplesmente nascem !
Muito grata.
At seg. set. 05, 07:29:00 PM, Anônimo said…
PARABÉNS, FALTA MUITA GENTE AINDA PRA PODERMOS RESGATAR A VERDADEIRA MÚSICA E FAZER JUSTIÇA A NOMES COMO O DE TAIGUARA, MAS É UM COMEÇO ....
Vanderlei Almeida
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