POR GABRIEL PERISSÉ
Por minha admiração e apreço ao Professor,
aqui registro seu texto lindo.
Vários jovens brasileiros se chamam Taiguara porque seus pais eram fãs do cantor e compositor Taiguara, que morreu no dia 14 de fevereiro de 1996.
Há artistas assim, que ficam na memória embora praticamente invisíveis. E de repente uma canção, uma referência, um artigo como este fazem a gente lembrar: "nossa, é mesmo... o Taiguara!"
Algumas pessoas ainda nem sabem com certeza que ele faleceu.
Outras sabem, mas desconhecem os detalhes, o que, aliás, foi intencional. Os amigos e parentes de Taiguara (que tanto boicote sofreu da mídia nas décadas de 80 e 90) não permitiram que ele se transformasse num "produto" para os muito vivos.
Na Internet, aumenta aos poucos o número de sites em que se fala de Taiguara.
Mas quem foi Taiguara?
Mesmo os mais apaixonados não fazem idéia da quantidade e qualidade de alegrias e dores que este poeta experimentou, porque tudo nele era tudo ou nada, e nada era à toa. Tudo em sua vida teve a marca das esperanças fortes, dos sentimentos fortes, e por isso sua música era igualmente forte, daquela força que, mesmo subterrânea, volta à tona a qualquer momento.
A história da música popular brasileira ainda terá que passar a limpo a vida desse "personagem", que é único por diversos motivos, por seu estilo inconfundível, por sua versatilidade, e especialmente por sua entrega aos ideais socialistas, num espírito de real abnegação, sacrificando seu tempo e saúde, e expondo-se aos caprichos da censura.
O poeta Taiguara, porém, independentemente dessa revisão, necessária, tem a sua própria história já inscrita nas palavras que combinou e cantou:
Ninguém é bom sendo o que não é
Eu... pra ser feliz com mentira
Melhor que eu chore com fé.
Estes e outros versos, claro, só atingem sua plenitude de sentido no contexto da música, quando o seu piano e, mais ainda, sua voz criavam para quem os ouvia o encontro sempre original.
Quando se escreve um artigo como este, costuma-se terminar com as palavras do artista que se recorda.
Não fugirei à regra:
Olhando o dia de chuva
Vi que mais triste era eu
Que sem estrela e sem lua
Te procurava no céu
Fiz do piano a viola
Fiz de mim mesmo o amigo
Fiz da verdade uma história
Fiz do meu som meu abrigo
Gabriel Perissé é autor dos livros LER, PENSAR E ESCREVER
e O LEITOR CRIATIVO
Obrigado companheiro.
aqui registro seu texto lindo.
Vários jovens brasileiros se chamam Taiguara porque seus pais eram fãs do cantor e compositor Taiguara, que morreu no dia 14 de fevereiro de 1996.
Há artistas assim, que ficam na memória embora praticamente invisíveis. E de repente uma canção, uma referência, um artigo como este fazem a gente lembrar: "nossa, é mesmo... o Taiguara!"
Algumas pessoas ainda nem sabem com certeza que ele faleceu.
Outras sabem, mas desconhecem os detalhes, o que, aliás, foi intencional. Os amigos e parentes de Taiguara (que tanto boicote sofreu da mídia nas décadas de 80 e 90) não permitiram que ele se transformasse num "produto" para os muito vivos.
Na Internet, aumenta aos poucos o número de sites em que se fala de Taiguara.
Mas quem foi Taiguara?
Mesmo os mais apaixonados não fazem idéia da quantidade e qualidade de alegrias e dores que este poeta experimentou, porque tudo nele era tudo ou nada, e nada era à toa. Tudo em sua vida teve a marca das esperanças fortes, dos sentimentos fortes, e por isso sua música era igualmente forte, daquela força que, mesmo subterrânea, volta à tona a qualquer momento.
A história da música popular brasileira ainda terá que passar a limpo a vida desse "personagem", que é único por diversos motivos, por seu estilo inconfundível, por sua versatilidade, e especialmente por sua entrega aos ideais socialistas, num espírito de real abnegação, sacrificando seu tempo e saúde, e expondo-se aos caprichos da censura.
O poeta Taiguara, porém, independentemente dessa revisão, necessária, tem a sua própria história já inscrita nas palavras que combinou e cantou:
Ninguém é bom sendo o que não é
Eu... pra ser feliz com mentira
Melhor que eu chore com fé.
Estes e outros versos, claro, só atingem sua plenitude de sentido no contexto da música, quando o seu piano e, mais ainda, sua voz criavam para quem os ouvia o encontro sempre original.
Quando se escreve um artigo como este, costuma-se terminar com as palavras do artista que se recorda.
Não fugirei à regra:
Olhando o dia de chuva
Vi que mais triste era eu
Que sem estrela e sem lua
Te procurava no céu
Fiz do piano a viola
Fiz de mim mesmo o amigo
Fiz da verdade uma história
Fiz do meu som meu abrigo
Gabriel Perissé é autor dos livros LER, PENSAR E ESCREVER
e O LEITOR CRIATIVO
Obrigado companheiro.
3 Comments:
At sex. jul. 15, 03:03:00 PM, Anônimo said…
Olá meu querido amigo...
Vim te visitar e me encantei pelo blog!
Está lindíssimo e só você mesmo, para encher de beleza este recanto!
Beijos e tudo de bom pra você...
Izabel.
At sáb. jul. 16, 02:50:00 PM, Anônimo said…
ai ze...nem t conheco aki ne...mais se dexo um scrap la no orkut..ai eu vim ve aki e ta mto doido...ai..se gosta msm do taiguara ne?? isso ai vei..continua assim flw
At sáb. jun. 20, 06:31:00 PM, Anônimo said…
Encontrei seu blog por acaso, gosto muito do Gabriel Perissé e do Taiguara, parabéns pelo blog, muito bom gosto
Marta Romana
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