AUSÊNCIA DA POESIA
Jocimar
O fato concreto e sentido,
Único e bem pensado é um só:
A poesia retirou-se de mim!
E que rei-poeta sou
Sem a coroa da poesia?
Para chegar ela demorou,
Chegou impressentida
Mas nunca inesperada.
Para retirar-se ela nem pensou,
Ou pesou, o pesar que deixaria,
Retirou-se e pronto. Pranto.
E agora? Pergunto-me:
O que será de mim?
Que farei para amansar meus leões?
Meus carneiros quando voltarão
A passear em meu peito arfante?
Meu amor, dúvidas e reflexos...
Que serão deles? Coitados!
Quem amará a música-poesia
Do eterno Taiguara?
Quem abrirá minhas gavetas
Intrínsecas de inventos?
Meu passado verde
Quem o desembalsamará?
Quem?!
E quando eu caminhar pelas ruas
Tonto, triste e só,
Sem a poesia...,
Quem me levará de volta,
Esperançoso, para minha casa?
Quem?!
Quem conseguirá, novamente,
Que eu grite, desesperadamente,
Um socorro sorridente?
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